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Ator paraibano interpreta Zé do Bode na novela Guerreiros do Sol, que estreia em 11 de junho na Globoplay, e dará vida a Cristian Cravinhos na série Tremembé, do Prime Video.
Entre o cangaço e o crime: Kelner Macêdo brilha em dois papéis intensos nas telas em 2025
O ano de 2025 marca um momento de destaque para o ator Kelner Macêdo, que estreia em duas grandes produções que prometem repercutir no público e na crítica. Com 30 anos e uma trajetória crescente no cinema e na TV, o paraibano assume personagens fortes e contrastantes: o cangaceiro Zé do Bode na novela Guerreiros do Sol, da Globoplay, e o polêmico Cristian Cravinhos na série Tremembé, produção de true crime do Prime Video.
A primeira estreia acontece no dia 11 de junho, quando Guerreiros do Sol chega à plataforma de streaming da Globo. Ambientada no sertão nordestino entre as décadas de 1920 e 1930, a novela é uma ficção histórica inspirada no universo do cangaço e nas figuras míticas de Lampião e Maria Bonita.
Kelner interpreta Zé do Bode, um ex-militar que, após abandonar o Exército, junta-se ao grupo de cangaceiros liderado pelo temido Governador do Sertão. “Foi um presente poder revisitar o sertão, trabalhar com uma equipe majoritariamente nordestina e mergulhar nesse contexto tão nosso. A novela é uma homenagem à resistência, à cultura e ao drama humano em suas diversas formas”, comenta o ator.
Sobre o personagem, Kelner revela que há muito mais sob a superfície: “Zé do Bode é um homem fechado, endurecido pela vida e pelo sistema. Ele guarda sentimentos reprimidos, vive uma paixão que vai contra as regras do seu mundo e precisa lidar com escolhas difíceis. É um personagem que vai surpreender o público”.
Após a estreia da novela, ainda em 2025, Kelner será visto em um papel totalmente oposto: o de Cristian Cravinhos, na série Tremembé, do Amazon Prime Video. A produção, inspirada no caso real que envolveu Suzane von Richthofen e os irmãos Cravinhos no assassinato dos pais dela, em 2002, retrata o crime e seus desdobramentos sob uma nova perspectiva.
Para viver Cristian, o ator passou por uma transformação física e emocional. “Tive pouco tempo para me preparar, mas mergulhei no processo. Fui orientado por uma fonoaudióloga para trabalhar o sotaque paulistano, malhei intensamente para atingir a forma física do personagem na época e alterei completamente o visual. Mais do que a aparência, foi um desafio ético e psicológico dar vida a alguém real e controverso”, revela.
A versatilidade de Kelner já vinha sendo reconhecida desde sua estreia no cinema com Corpo Elétrico (2017), dirigido por Marcelo Caetano. O filme, exibido em festivais internacionais e premiado pela crítica, marcou a entrada do ator no circuito do audiovisual brasileiro. A performance rendeu a ele uma indicação ao Prêmio Guarani e abriu portas para produções importantes.
Desde então, ele integrou elencos de séries como Onde Nascem os Fortes (2018), Sob Pressão (2019–2022), Todxs Nós (2020), Verdades Secretas II (2021), Os Outros (2023) e o especial Falas Negras (2023). No cinema, esteve nos curtas A Mordida e Promessa de um Amor Selvagem, e nos longas A Metade de Nós (vencedor da Mostra de SP) e Bandida: A Número Um (2024), de João Wainer.
Para Kelner, o foco está sempre no processo criativo e na verdade cênica. “Cada personagem me pede um caminho diferente. Gosto de ir montando aos poucos, testando, errando, entendendo a alma daquele ser. O mais intenso pra mim é esse momento em que uma ideia no papel começa a ter corpo, gesto, respiração”, afirma.
Entre o passado mítico do cangaço e a reconstrução de um crime emblemático, Kelner Macêdo se consolida como uma das vozes mais potentes e comprometidas da dramaturgia brasileira em 2025.
