“Um Samurai em São Paulo”, primeiro longa dirigido por Débora Mamber, é um dos filmes mais votados pelo público durante a 46ª Mostra.
Documentário conta com a distribuição da Elo Studios e faz mergulho sobre a vida do mestre de karatê Taketo Okuda
São Paulo, 31 de outubro de 2022 – Nos dias 25 e 26 de outubro o público pôde ir aos cinemas prestigiar o longa-metragem “Um Samurai em São Paulo”, na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O primeiro filme da diretora Débora Mamber levou dez anos para ser realizado e o teve início a partir da curiosidade e fascínio que o mestre de karatê Taketo Okuda despertava em Débora, sua aluna.
Débora Mamber Czeresnia
Nasceu em São Paulo em 1976. Graduada em jornalismo, com pós- graduação em jornalismo na Northwestern University (EUA) e em escrita criativa no Instituto Vera Cruz, atuou por 18 anos em diversos veículos da grande imprensa. Escreve roteiros audiovisuais desde 2010, dentre os quais o curta-metragem Timing (2010), seleção oficial no Festival de Annecy e vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais. O documentário Um Samurai em São Paulo é sua estreia na direção.
O filme comoveu os espectadores que passaram por um dos mais prestigiados eventos de cinema do país e escolheram o título dentre os 70 concorrentes da competição Novos Diretores.
As 12 obras mais bem votadas dessa categoria serão submetidas ao júri que escolherá os longas vencedores do Troféu Bandeira Paulista – uma criação da artista plástica Tomie Ohtake – na categoria Melhor Filme. Os jurados também podem premiar obras em outras categorias.
Os vencedores serão anunciados no dia 02 de novembro, quarta-feira, durante a cerimônia de encerramento da 46ª Mostra, na Cinemateca Brasileira.
“Um Samurai em São Paulo”, distribuído pela Elo Studios, acompanha a trajetória de Okuda, discípulo de Masatoshi Nakayama, responsável pela difusão do karatê Shotokan no Ocidente. Na década de 70, Okuda se muda para o Brasil incumbido da missão de difundir as técnicas da Associação Japonesa de Karatê. A partir de então, forma uma geração de atletas que marca o desenvolvimento da modalidade no país. Com a morte de seu mestre, nos anos 80, Okuda se afasta das competições esportivas e passa a usar a prática como ferramenta para alcançar a transcendência.
A história é narrada a partir da perspectiva de Débora, uma judia paulistana, neta de sobreviventes do Holocausto: “Ao me inteirar da trajetória de Okuda, percebi o quanto era marcada pela infância no Japão pós-2a Guerra Mundial. O paralelo entre a vida desse imigrante e a de meus avós, que também chegaram ao Brasil depois de terem sobrevivido à mesma guerra, foi se costurando à medida que o documentário se construía”, comenta Débora. “Minha avó, Léa Mamber, uma judia polonesa que teve sua história contada no livro ‘Um Salto para a Vida’, chegou ao Brasil tendo perdido toda a família para o nazismo. Ao longo dos dez anos que levei para realizar o filme Um Samurai em São Paulo, percebi o quanto a batalha que minha avó travou é ainda hoje inseparável do meu modo de ver o mundo, e entendi outros significados da luta e da resistência de povos da diáspora. O filme explora, portanto, esse encontro entre uma judia brasileira e um japonês, ambos atravessados pelos traumas de regimes fascistas”, diz. ”Nas duas sessões, percebi que o público se emocionou bastante, porque há um paralelo inevitável com o contexto histórico tão delicado que vivemos hoje”.
“Um Samurai em São Paulo”, fez parte do Selo ELAS, uma iniciativa da Elo Studios que fomenta filmes feitos por mulheres, na intenção de ajudar na equidade de gênero do setor.
Sinopse
O japonês Taketo Okuda foi um dos grandes mestres de karatê dos nossos tempos. Marcado pela infância na Segunda Guerra e preparado para ser um guerreiro pronto para matar ou morrer, Okuda foi enviado ao Brasil para difundir a arte marcial das mãos vazias. Sua trajetória, de professor de campeões a um mestre em busca da transcendência, é narrada por uma de suas alunas, uma brasileira neta de sobreviventes do Holocausto. Esse encontro de dois personagens tão distintos investiga os significados profundos da arte marcial e da autodefesa diante de um mundo ameaçador.
Sobre a diretora
Débora Mamber Czeresnia nasceu em 1976 e é paulistana. Escreve roteiros audiovisuais desde de 2015, dentre os quais o curta-metragem Timing, seleção oficial no Festival de Annecy (França) e vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais, como melhor curta internacional no Arouca Film Festival (Portugal) e menção honrosa no Festival de Cine de Huesca (Espanha). Graduada em Jornalismo, com pós-graduação em Jornalismo na Northwestern University (EUA) e em Escrita Criativa no Instituto Vera Cruz, atuou por 18 anos em diversos veículos da grande imprensa. O documentário Um Samurai em São Paulo é sua estreia na direção.
ELO STUDIOS
A ELO STUDIOS é um estúdio audiovisual que desenvolve, produz, e comercializa narrativas brasileiras em múltiplas plataformas e países. Especializada em inovação e entretenimento de impacto, desde 2005 distribuiu mais de 500 títulos incluindo filmes de mais de 1 milhão de espectadores no Brasil à premiados internacionalmente (indicação ao Oscar como O Menino e o Mundo) e distribuídos em mais de 100 países.
Focada em conectar ideias, criadores e talentos, a ELO STUDIOS possui um forte line up de produções originais, além de desenvolver e produzir o conteúdo certo para cada mídia. Como resultado de significativo investimento e parcerias, a ELO STUDIOS está trabalhando em 20 produções próprias para os próximos três anos, sendo nove delas já confirmadas com parceiros.
A ELO STUDIOS lançou em 2022 o filme “Medida Provisória”, de Lázaro Ramos, sendo o maior sucesso nacional do ano, em número de semanas em cartaz, e segundo em público. A empresa também é responsável pela incubadora de projetos com diretoras – SELO ELAS – e outras iniciativas que valorizam a diversidade de estórias na frente e atrás das telas.
Em 2023 irá distribuir mais de 14 lançamentos nos cinemas, incluindo “Depois da Saideira”, (comédia estrelada por Thati Lopes e produzida pela Glaz), “De Repente Miss” (co-distribuição ELO STUDIOS e Sony Pictures, com Fabiana Karla e Giulia Benite no elenco), “Madame Durocher” (com Mateus Solano, e as premiadas Marie-Josée Croze e Sandra Corveloni), e “Viva a Vida” (dirigido por Cris D’amato em Israel, e estrelado por Thati Lopes e Rodrigo Simas).
Fundada há 17 anos por Sabrina N Wagon, Ruben Feffer e Flávia Feffer, a ELO STUDIOS pretende inovar a cada ano, e levar diversas produções nacionais a um número cada vez maior de pessoas, tanto no Brasil, como no mundo.