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Novo longa da Diamond Films estreia no Brasil no dia 18 de setembro e promete provocar reflexões sobre a obsessão cultural em torno dos ataques de tubarões.
O gênero do terror ganha fôlego renovado com a estreia de “Animais Perigosos” (“Dangerous Animals”), produção distribuída pela Diamond Films que chega às telonas brasileiras em 18 de setembro. Com uma premissa ousada e sombria, o filme apresenta ao público Tucker (interpretado por Jai Courtney), um assassino em série que transforma o ato de matar em espetáculo: suas vítimas são brutalmente executadas e jogadas para os tubarões, em cenas que exploram a linha tênue entre horror e espetáculo midiático.
O diferencial da obra, no entanto, vai além da violência explícita. O longa traz uma crítica ácida à forma como a sociedade consome e até romantiza a narrativa de ataques de tubarões. Ao transformar um serial killer em alguém obcecado por essas criaturas marinhas, o filme não apenas reforça o caráter aterrorizante do vilão, mas também coloca em debate o fascínio humano por esse imaginário de medo.
A gênese do projeto remonta ao roteirista Nick Lepard (“Para Sempre Minha”), que, além de escritor, é surfista amador. Durante uma de suas experiências no mar, surgiu a imagem que se tornaria o gatilho da história: uma pessoa inconsciente sendo transportada discretamente dentro de uma bolsa de prancha de surfe para um barco. O que começou como um simples devaneio se transformou em uma investigação sobre como o cinema e a cultura popular retratam os tubarões.
Essa pesquisa levou Lepard a conhecer a carta aberta de cientistas que criticavam representações de tubarões em produções como “Águas Rasas”, alegando que tais imagens poderiam prejudicar a preservação da espécie. Essa tensão entre o medo e a necessidade de preservação inspirou diretamente a criação de Tucker, um antagonista que, paradoxalmente, é tanto obcecado por ataques quanto defensor da vida marinha.
A protagonista Zephyr, interpretada por Hassie Harrison (“Yellowstone”), é a peça central dessa trama de perseguição, violência e crítica cultural. A atmosfera de suspense é intensificada pela produção dos mesmos realizadores de “Longlegs – Vínculo Mortal”, o que garante ao público uma narrativa que mistura tensão psicológica, horror gráfico e reflexões sociais.
Com estreia marcada para 18 de setembro em todo o Brasil, “Animais Perigosos” promete mais do que sustos. É uma experiência intensa, que joga luz sobre como o cinema, a mídia e o próprio público alimentam o fascínio por narrativas de medo envolvendo tubarões — criaturas que, na vida real, raramente representam o perigo que o imaginário popular insiste em perpetuar.
