Autor Vitor Martins participa de roda de conversa ao lado da roteirista Ray Tavares, da produtora Clarisse Goulart e da criadora de conteúdo Bell Lopes, abordando o impacto da adaptação cinematográfica de sua obra.
O universo de “Quinze Dias”, romance juvenil que conquistou uma legião de leitores em todo o país, vai transbordar das páginas para a tela grande — e também para o centro das discussões da Bienal do Livro Rio 2025. O evento sediará uma conversa especial no dia 21 de junho (sábado), às 17h30, na Praça Além da Página, com o tema:
“Quinze Dias: O Livro, O Filme e a Coragem de Ser Quem Se É”.
No centro da discussão estará o autor Vitor Martins, cuja obra já ultrapassou a marca de 100 mil exemplares vendidos e se tornou referência para leitores LGBTQIAPN+, adolescentes e educadores. A roda de conversa ainda contará com Ray Tavares (roteirista da adaptação ao lado de Vitor Brandt), Clarisse Goulart (Diretora Executiva de Desenvolvimento de Projetos da Conspiração, produtora responsável pelo longa) e Bell Lopes, criadora do canal literário “Brincando de Escritora” no YouTube.
“Quinze Dias” acompanha a história de Felipe, um adolescente gordo e introspectivo que enfrenta bullying na escola e sonha com duas semanas de sossego nas férias. Mas seus planos mudam quando sua mãe decide hospedar Caio, seu antigo vizinho — e crush da infância —, por quinze dias. O enredo sensível mistura questões como gordofobia, homofobia, autoestima, primeiro amor e autodescoberta, ganhando agora uma nova dimensão com sua transposição para o cinema.
As filmagens do longa estão em andamento entre Rio de Janeiro e Cataguases (MG), com direção de Daniel Lieff, conhecido por trabalhos como Alice & Só e Últimas Férias. No papel de Felipe está o jovem ator Miguel Lallo, estreante no cinema, enquanto Diego Lira interpreta Caio. A atriz Débora Falabella assume o papel de Rita, mãe de Felipe — uma figura afetuosa e parceira, que foge dos estereótipos maternos tradicionais.
O elenco ainda reúne nomes como Mariana Santos, Silvio Guindane, Olívia Araújo, Mika Soeiro, Bel Moreira, Fernando Caruso, Augusto Madeira, Márcio Vito, João Pedro Chaseliov, João Gabriel Marinho e Victor Galisteu.
A expectativa em torno do filme é grande, não só pela base fiel de leitores, mas também pela importância dos temas que ele aborda com delicadeza e profundidade. A adaptação busca manter o tom emocional da obra literária, ao mesmo tempo em que amplia seu alcance para novas audiências.
A participação de Vitor Martins na Bienal é mais um reflexo do impacto que sua literatura exerce no cenário contemporâneo — e da relevância de se contar histórias que acolhem, provocam e transformam.