“A LIEN”: CURTA INDICADO AO OSCAR 2025 TEM FOTOGRAFIA DO ÍTALO-BRASILEIRO ANDREA GAVAZZI

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Produzido por Adam McKay, filme expõe os desafios cruéis do processo de imigração nos Estados Unidos sob o governo Trump

Indicado ao Oscar 2025 na categoria Melhor Curta-Metragem em Live-Action, “A LIEN” retrata um dos dramas mais duros e contemporâneos dos Estados Unidos: a jornada de um casal — um homem imigrante e uma mulher americana — no árduo e burocrático processo de obtenção do green card. Muito além dos trâmites legais, o filme revela as camadas emocionais e as dificuldades enfrentadas por milhares de famílias imigrantes, em um contexto de políticas migratórias rígidas e opressivas.

Com fotografia assinada pelo ítalo-brasileiro Andrea Gavazzi, o curta traz uma visão impactante da vulnerabilidade, da violência psicológica e da solidão vividas por aqueles que buscam legalizar sua permanência no país. Produzido pelo renomado Adam McKay (“Não Olhe Para Cima”, “A Grande Aposta”), o filme promete sensibilizar o público e provocar reflexões sobre um sistema que transforma seres humanos em estatísticas.

Uma história real para milhares de imigrantes

Dirigido por David Cutler-Kreutz e Sam Cutler-Kreutz, “A LIEN” vai além da simples narrativa documental e mergulha no impacto humano por trás dos processos migratórios. Gavazzi, responsável pela fotografia do curta, se identifica profundamente com a temática:

“Fui imigrante a vida inteira, em diversos países. Sei exatamente o que é sentir-se deslocado e não ter certeza de onde pertence. Meu desejo é que, no futuro, filmes como esse sejam vistos apenas como um registro histórico, e não como um reflexo da realidade atual”, comenta o diretor de fotografia.

Natural de São Paulo, Gavazzi passou parte da infância entre a tranquilidade do interior paulista e a efervescência de Roma, na Itália. Sua trajetória inclui passagens pelo Sudeste Asiático e, posteriormente, pelos Estados Unidos, onde construiu uma sólida carreira no cinema. Seu talento já foi reconhecido em projetos como “Susana”, indicado ao Festival de Sundance, e no documentário “RISE”, produzido por Darren Aronofsky.

O significado por trás do título “A LIEN”

O nome do curta carrega um trocadilho proposital. Em inglês, a palavra “lien” refere-se ao direito de posse de uma propriedade até que uma dívida seja quitada, uma metáfora direta para o controle burocrático sobre imigrantes. Ao mesmo tempo, a pronúncia se assemelha a “alien”, termo usado para descrever estrangeiros, mas que também remete à sensação de ser um estranho, um forasteiro em um lugar que deveria ser seu lar.

“No processo de imigração, os indivíduos não são tratados como pessoas, mas como números, como propriedades do sistema. Esse título reflete perfeitamente essa dura realidade”, explica Gavazzi.

Um curta essencial para os tempos atuais

Com uma abordagem sensível e cinematografia envolvente, “A LIEN” é mais do que um filme — é um retrato necessário das barreiras enfrentadas por imigrantes em busca de estabilidade e dignidade nos Estados Unidos. A produção chega com força na temporada de premiações e já se destaca como um dos curtas mais relevantes do ano.

Indicado ao Oscar 2025, “A LIEN” promete emocionar e impactar audiências ao redor do mundo.

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