Bandido apareceu no catálogo da Netflix, é um filme canadense voltado para o público norte-americano contando a incrível história real do assaltante de banco recordista que fez 58 assaltos em todo o Canada.
A primeira cena já nos mostra o modo operante de Robert Whitherman (Josh Duhamel), sua agilidade e também todo seu carisma ao fazer os roubos. Sempre sem violência e de maneira rápida, ele explora a falta de malícia dos canadenses que tinham pouca segurança em seus bancos nos anos 80.
Confesso que esse estilo de trama sempre me chama a atenção, assalto e perseguição é um tema que, quando bem feito, vira bons filmes e esse é o caso. Na melhor interpretação da sua vida, Buramel mostra um charme, educação e muito perspicácia ao analisar as fraquezas e também as rotas de fuga.
Outro destaque são os disfarces, vemos diversos visuais, pele falsa, perucas e vários figurinos sendo usados para despistar. Em especial, o começo do filme tem uma pegada (inspiração?) em Prenda-me se for capaz. Infelizmente, sem a boa dinâmica entre polícia e bandido do filme do Steven Spielberg.
O ator Nestor Carbonelli faz o detetive John Snydes, que investiga o aumento dos crimes de roubo e receptação no país, tendo como seu alvo Tommy, personagem do Mel Gibson (aqui tendo pouco tempo de tela). Mel está bem quando aparece, como uma ameaça e uma figura como mentor do protagonista.
A parte fraca da narrativa é justamente o romance, que teria que ser a parte onde temos mais empatia, mas os diálogos são poucos e acabei não comprando tanto o relacionamento de Robert e Andrea (feito pela Elisha Cuthbert, a eterna Kim Bauer).
Sempre é interessante ver uma história se passando nos anos 80, pessoas fumando nos aviões e o surgimento das milhas áreas para ter desconto. Da para sentir o espírito sem preocupações dos anos 80, com o toque de edução e inocência do Canada.
Bandido consegue ser um filme divertido e com um protagonista muito contagiante. Dá vontade de ver mais cenas dos roubos e como foi o disfarce e estilo de cada um, fora as coisas “absurdas” que acontecem e são ressaltadas que foi assim na realidade. Uma verdadeira viagem nostalgica e um bom divertimento.
Rafael Tavares- Um Jovem Milenium
Formado em Comunicação Social-Jornalismo, Locução e Documentário.
Organizador de eventos culturais e Apresentador de programa de Rádio
Um Nerd, Otaku e amante da sétima arte. Que adoro analisar conceitos de filmes e em especial ótimas Historias.