Critica: Ferrari

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Ferrari, um nome potente e conhecido mundialmente. Quem é da geração que cresceu nos anos 90 viu a Ferrari se tornar a melhor e com Michael Schumacher ser tornar lenda. Apesar de não ser um fã de carros em geral sempre gostei da F1 e também da Ferrari. Ela se tornou um ícone, a melhor nas corridas e com os melhores pilotos. Simbolo de velocidade, status e poder.

Confesso que quando fui assistir Ferrari pensei que seriam dois caminhos a seguir no longa, um filme com boas cenas de ação nas corridas com impacto ou então a história da criação da escuderia e todo o processo até o auge. Mas o filme não segue nenhum deles e vai por outra vertente.

Seguindo um caminho não convencional nas cinebiografias, o filme retrata um período específico da vida de Enzo Ferrari, ex -piloto (Adam Driver). Entre os anos de 1956 e 1957 onde a empresa chegou perto da Falência, onde Enzo apostou tudo na corrida Mil Milhas para salvar a empresa e a credibilidade de seus carros esportivos.

Adam Driver está muito bem no papel, na verdade, ele e Penélope Cruz (que interpreta Laura Garello) são os que mais atrai no filme. A relação entre os dois, o sentimento de perda do filho, os anos de parceria, as traições, as melhores cenas são da dupla em tela.

O filme projeto de mais de 15 anos do diretor Michael Mann onde usa de base o livro Ferrari: O Homem Por Trás das Máquinas, consegue controlar e dirigir muito bem os atores e o clima do filme suavemente
que com uma ótima edição não nos deixa perceber que o filme tem 2 horas e 11 minutos de duração. Um filme que é bem “Italiano”. Tirando o ator brasileiro (Gabriel Leone ) que faz o piloto Alfonso de
Portago, os outros personagens na trama são meros figurantes, Mesmo aqueles que suas presenças são importantes como o piloto Piero Taruffi (Patrick Dempsey) e Lina Lardi (Shailene woodley). Não é mostrado quase nada deles e com poucas falas não consegui me importar com os personagens.

O filme é focado no protagonista Adam Drive que quando se cansa um pouco passa a vez para a incrível Penélope Cruz. Que consegue nos deixar apreensivos e entendê-la e nos surpreender com suas decisões.

O brasileiro Gabriel Leone está bastante à vontade e seu personagem vai crescendo apesar de poucas falas e a uma cena de um nu de costas para mostrar sua beleza latina rs.

Ferrari não foca na vida de seu criador e sim em sua personalidade e de como sua figura é marcante e que passou por diversas crises seguidas, suas reações e mais importante, sua postura em meio caos,
mortes e traições.

Confesso que na hora da corrida ainda prefiro o incrível Rush no limite da emoção (2013) onde as cenas nas pistas causam muita emoção na tela. Mas essas aqui possuem ótimos enquadramentos e cenários
bonitos, mas não transmitem o arrepio e riscos da corrida e a sensação que um erro pode custar a morte, com exceção da última cena de Leone que consegue gerar tensão e surpreender, foi muito bem filmada.

Algo que também me incomodou foi os carros serem quase iguais em suas cores, não houve uma preocupação em sabermos quem estava em qual carro ou até sabermos os nomes dos outros pilotos além do De Portago.

Mesmo assim o saldo é positivo, Ferrari conseguiu mostrar o resultado de um projeto que captou uma ideia de como foi essa época na vida do criador da escuderia. Para quem gosta de um bom drama com toques de humor, sarcasmo, uma forte personalidade e ótimas atuações vão gostar de Ferrari.

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