Evento acontece entre 13 e 18 de dezembro no CCBB Rio de Janeiro, com entrada franca
O Festival Internacional de Cinema Feminino, FEMINA, anuncia sua 14ª edição, que será realizada de 13 a 18 de dezembro, no CCBB Rio de Janeiro. A programação, com entrada franca, reúne mais de 30 filmes, entre curtas, longas, documentários e de ficção, todos dirigidos por mulheres cis, trans e pessoas não-binárias de 35 países e de oito estados brasileiros. A mostra conta ainda com sessões especiais e seminários sobre temas como violência contra mulher e desigualdade de gênero.
A abertura do festival está marcada para o dia 12, no Estação Net Botafogo, com a exibição, às 21h, do filme Canções de Terra (Songs of Earth), da diretora norueguesa Margreth Olin. Inédito no Brasil, o documentário – aposta da Noruega para concorrer ao Oscar de filme estrangeiro em 2024 – acompanha os passos do pai da cineasta, aos 84 anos de idade, por montanhas e paisagens nórdicas. A produção executiva do longa é assinada por Liv Ullmann e Win Wenders. O filme também será exibido no CCBB no sábado (16/12).
Entre os destaques da programação estão os brasileiros “Eu deveria estar feliz”, de Claudia Priscilla, e “Sua Majestade, o passinho”, de Carol Correia e Mannu Costa, além de “Upwards Tide”, da austríaca
Daniela Zahlner, e “De onde nasce o Sol”, da espanhola Gabriele Stein. Os filmes serão avaliados por dois júris: um para produções nacionais, composto por Ana Flávia Cavalcanti (atriz), Fernanda Teixeira (cineasta, montadora e diretora de arte) e Manaíra Carneiro (realizadora); e outro para os filmes internacionais, formado por Consuelo Lins (professora e pesquisadora), Marina Meliande (cineasta, produtora e montadora) e Beth Sá Freire (curadora de cinema). Na cerimônia de encerramento, em 18/12, haverá ainda uma homenagem à diretora Laís Bodanzky. Veja aqui a programação completa do festival.
O FEMINA é realizado pelo Instituto de Cultura e Cidadania Feminina, uma organização sem fins lucrativos, e tem como objetivo divulgar e promover o trabalho das mulheres no cinema e na cultura, tendo sido o primeiro a falar sobre questões de gênero, além de exibir, desde 2006, filmes de pessoas trans e não-binárias. “Falar sobre desigualdade e feminismo é cada vez mais essencial – e urgente – para a sociedade brasileira, e é com muita alegria e responsabilidade que trazemos luz a esses assuntos, exibindo filmes importantes e de forma gratuita a toda população”, declara Paula Alves, Diretora e Produtora do festival. “Além disso, promovemos debates com o objetivo de discutir medidas e soluções sobre as problemáticas enfrentadas no dia a dia da mulher”.
Seminário FEMINA
Desde sua primeira edição, o FEMINA promove debates e encontros que reúnem convidados dos meios cultural e intelectual para discutir com o público questões relacionadas à igualdade e relações de gênero, identidade, sexualidade, corpo, representação, direitos humanos, feminismo, representatividade, entre outros.
Em 2023, o Seminário Femina será realizado em parceria com o Generis – Grupo de Pesquisas sobre Gênero, Sexualidades, Reprodução e suas Interseccionalidades, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas da ENCE (Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE). Serão três mesas com os seguintes temas: “Fontes de Dados e Pesquisas em Gênero, Identidades e Sexualidades”, “Desigualdades de Gênero no Trabalho, Ciências e Educação” e “Estudando a violência contra mulheres: o desafio dos dados”. Mais informações aqui.
Sessões especiais
No dia 17 de dezembro, domingo, será exibido o longa Direito Dela (УнингХукуки/Her right), da diretora Saodat Ismailova, nascida no Uzbequistão. A produção experimental de 15 minutos tem o título inspirado no filme mudo Uzbekkino (do diretor G. Cherniak, de 1931), e relembra a campanha política Hujum (ataque), tomada pelo Partido Comunista para emancipar e desvelar mulheres no país. No dia seguinte, o documentário Kevin, de Joana Oliveira, será exibido em sessão com libras e legendagem descritiva. A trama conta a primeira vez em que Joana, uma brasileira, visita sua amiga Kevin em seu país, a Uganda. Elas se conheceram há 20 anos quando estudaram juntas na Alemanha e faz muito tempo que não se veem. Agora estão próximas de completar 40 anos e a vida se mostra mais complexa do que na juventude.
Veja fotos aqui.
Sobre o CCBB RJ
Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB está instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva. Marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro, o Centro Cultural mantém uma programação plural, regular e acessível, nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e pensamento. Em 34 anos de atuação, foram mais de 2.500 projetos oferecidos aos mais de 50 milhões de visitantes. Desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio de Janeiro entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. O prédio dispõe de 3 teatros, 2 salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 200 mil exemplares. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes Banco do Brasil. O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de quarta a segunda, das 9h às 20h, e fecha às terças-feiras. Aos domingos, das 8h às 9h, o prédio e as exposições abrem em horário de atendimento exclusivo para visitação de pessoas com deficiências intelectuais e/ou mentais e seus acompanhantes.