A convite da Diamond Films participamos da cabine de imprensa do filme “A Maldição: O Despertar dos Mortos” e trouxemos aqui para vocês uma breve análise e veredito, confira abaixo:
Para começarmos essa análise, a primeira coisa que é preciso fazer é caracterizar o filme, pois ele possui diversos aspectos que o compõem, elementos de ação, terror, porém esses não são os seus focos, nem pontos fortes, esse filme é um filme de investigação em sua essência. Mas por que é tão importante defini-lo dessa forma? Porque se você está procurando um filme de ação, as cenas de ritmo lento e os grandes diálogos irão lhe cansar, e caso sua busca seja por um filme de terror, você irá sentir falta de cenas de maior tensão, pois as que têm são poucas e não muito aterrorizantes.
Outro aspecto importante de se ressaltar antes de explicitar os aspectos mais importantes do filme é: O filme é derivado de uma série homônima (The Cursed), e isso implica em diversas referência a acontecimentos internos subentendidos que geram estranheza para quem caiu de paraquedas para assisti-lo. Outra característica advinda dessa derivação é a estrutura do filme, ele se assemelha muito a um grande episódio de série.
Tendo explicados esses aspectos, vamos aos detalhes mais importantes do filme.
Começando com o enredo, temos aqui um filme com uma premissa extremamente interessante, no qual nos traz uma idéia de morto-vivo diferente da recorrente e saturada, que por mais que não seja algo novo (Já tivemos esse tipo de morto-vivo trabalhado nos quadrinhos do tio patinhas) foge do padrão saturado que vemos nos últimos filmes com esse monstro tão icônico. O enredo traz uma sensação de que faltam explicações para alguns acontecimentos, mas nada que interfira na trama principal, mas que nos fazem querer ir atrás da série buscar essas respostas. O mistério é muito bem colocado dentro da trama e as respostas dele são bem claras e não possui nenhum deus ex-machina que resolve o problema, está tudo dentro do que deveria.
A história possui diversas referências a culturas e religiões do extremo oriente, trazendo um gosto de novidade para um cenário saturado de obras focadas na cultura ocidental e nas suas religiões predominantes.
Quanto aos efeitos visuais, eles são muito bem feitos, não decepcionam, porém não chegam perto das produções hollywoodianas. A fotografia do filme é muito bem feita e tem diversas cenas com uma incrível composição, que trazem um charme ao filme.
Num âmbito geral, o filme é divertido, vale a pena a visita, tem diversos elementos interessantes e pouco difundidos aqui no ocidente. Mas para uma experiência prazerosa, é importante entender e estar preparado, sabendo do que se trata e sabendo oque está buscando no filme.
Nota: 8.7/10