Presente em clássicos como Papa-Léguas, a sigla ACME carrega um significado curioso e uma história que vai além das animações
Se você já assistiu aos clássicos desenhos animados da Warner Bros., como os episódios do Papa-Léguas e Coiote, certamente notou a marca ACME, estampada nos produtos mais absurdos e mirabolantes usados pelo Coiote. Mas, afinal, o que significa essa sigla, e de onde veio a ideia de sua criação?
Antes de se tornar o símbolo de uma “fábrica fictícia de invenções malucas”, a palavra ACME já existia tanto no inglês quanto no português, significando algo como “auge”, “clímax” ou “o ponto mais alto”. Esse sentido original foi um dos fatores que tornaram a sigla tão atrativa para o uso em ficção.
No entanto, o nome ACME não foi criado pelos Estúdios Warner. Nos Estados Unidos, o termo já era amplamente usado em contextos jurídicos para se referir a empresas fictícias em exemplos legais, algo como “Empresa X”. Foi a partir dessa prática que os animadores da Warner aproveitaram o conceito, utilizando-o de forma criativa e humorística nas animações.
Mas a curiosidade não para por aí: segundo os próprios Estúdios Warner Bros., o nome ACME é também um acrônimo, representando a frase em inglês “American Corporation Manufacturing Everything” (ou “Corporação Americana que Fabrica Tudo”, em português). Essa brincadeira reforça a ideia de que a marca era capaz de fornecer qualquer produto, por mais estranho ou impossível que fosse.
Nos desenhos, a ACME tornou-se um sinônimo de engenhocas e produtos imprevisíveis, como foguetes, armadilhas, molas gigantes e até pianos caindo do céu – sempre falhando nos momentos mais importantes, para azar do Coiote.
A genialidade por trás do uso de ACME nos desenhos animados reflete o humor inteligente dos criadores, que transformaram uma simples sigla em um ícone cultural reconhecido por gerações.