0
0
O ator superstar se juntou à esposa e produtora Susan Downey para uma conversa com Scott Feinberg do THR como parte do festival inaugural LA3C que contou com a presença de Tom Holland, Zendaya e Adrien Brody.
Robert Downey Jr. ainda se emociona ao assistir Sr.
“Eu não deveria ter assistido os últimos 20 minutos, não consigo lidar com isso”, disse o ator e produtor superstar no domingo ao subir ao palco para uma sessão de perguntas e respostas pós-exibição dentro do DGA Theatre Complex em Los Angeles. Depois de enxugar as lágrimas, Downey Jr. sentou-se ao lado da esposa e produtora Susan Downey para uma conversa sobre o documentário da Netflix sobre seu pai cineasta, Robert Downey Sr., moderado pelo editor executivo de prêmios do The Hollywood Reporter, Scott Feinberg.
Downey Jr. não estava sozinho em se sentir dominado pela emoção. Nos momentos finais do filme dirigido por Chris Smith, muitas fungadas podiam ser ouvidas dentro do teatro, onde celebridades como Tom Holland, Zendaya, Adrien Brody e o vencedor do Oscar Travon Free também assistiram à exibição. Mas Downey Jr. foi rápido em apontar que os cineastas não pretendiam puxar as cordas do coração.
“Não estávamos tentando fazer alguma coisa de arrancar lágrimas. A maneira como se desenrolou foi realmente evocativa”, explicou ele, creditando a Smith como “nosso diretor destemido” e acrescentando: “Estávamos apenas tentando encontrar o equilíbrio certo”.
Isso não foi tarefa fácil. Filmado ao longo de três anos, Sr. é uma exploração íntima da vida colorida e carreira rebelde do diretor independente, bem como seu relacionamento com seu filho antes de falecer da doença de Parkinson em 7 de julho de 2021. Ele fez quase 20 filmes independentes em sua carreira. e muitos são apresentados no documento, incluindo Sweet Smell of Sex, Chafed Elbows, Putney Swope, Pound, Greaser’s Palace, Hugo Pool e Two Tons of Turquioise to Taos Tonight.
Ele provou ser um sujeito único doc em que, em vez de abrir sua vida e sentar-se para longas entrevistas, ele rapidamente sequestrou a produção e optou por dirigir seu próprio filme dentro de um filme.
Sr., agora transmitido na Netflix, acaba de ser nomeado o melhor documentário do ano pelo National Board of Review. Atualmente, é o projeto mais avaliado de Downey Jr. no agregador de críticas Rotten Tomatoes, um fato “surreal” que ele apontou no palco. Até sua esposa ficou surpresa. “Você pesquisou isso ou era uma manchete?” ela perguntou. “Todo mundo pensa que sou tão excêntrico que ando completamente em uma bolha de inconsciência”, brincou. “Sabe, eu tenho um telefone.”
Apesar de seu sucesso de bilheteria, ele também disse que achou bastante surreal ver promoções em grande escala para Sr. em Los Angeles. “Você acha que está passando por Westwood e há uma foto minha e do meu pai”, observou ele.
Feinberg pediu à dupla que compartilhasse a história de origem de Sr., e Susan Downey explicou que sua produtora, Team Downey, estava trabalhando em um projeto focado em outra dupla de pai e filho de Hollywood (sem nome), mas não estava ganhando muita força. . Então, Emily Ford, do Team Downey, iniciou conversas com Smith, que havia demonstrado interesse em fazer um projeto sobre Downey Jr.
“Eles estavam todos empolgados e começaram a conspirar e então trouxeram para Robert e ele disse, tipo, ‘Não, mas vou fazer algo em meu pai’”, lembrou Susan Downey.
Downey Jr. explicou essa resposta. “Todo esse projeto começou tristemente para mim, honestamente, era um padrão de evitação. Como faço para lidar com o fato de que esse personagem maior que a vida, pelo qual passei tantos anos influenciado, não está bem? ele disse. “Ficou assim como Gordian Knot porque ele ficou tão obcecado com o projeto. Susan [perguntou]: ‘Que projeto é esse?’ E eu respondi: ‘Não sei, mas não podemos parar’.
Susan Downey acrescentou: “[Robert Downey Sr.] já estava procurando ativamente se envolver e ter um projeto para fazer, então acho que ajudou. Então a segunda coisa, que todos vocês veem no filme, é que muito rapidamente, não importava o que queríamos, essa era a maneira dele de fazer isso. Ele acabou participando porque teve a forma que quis participar, o que de novo, agora pensando faz sentido porque esse é um cara que sempre se comunicou através de seus filmes, muito mais do que nunca articulando qualquer resposta. Para fazer isso fazendo um filme ou sua versão dele, meio que acaba fazendo sentido.”
A conversa de domingo, apresentada pela FIJI Water, fez parte do LA3C, um festival inaugural de cultura e criatividade de dois dias organizado pela Penske Media, proprietária do The Hollywood Reporter. Enquanto a parte musical do festival aconteceu no centro histórico do Los Angeles State Historic Park e contou com grandes nomes como Maluma, Snoop Dogg, Lil Baby, Seventeen e Free Nationals, outras marcas da Penske Media realizaram eventos internos em toda a cidade.
Os patrocinadores do LA3C incluem Facebook, U.S. Bank, Homedics, NYX Professional Makeup, Maker’s Mark, Redken, ViX+, Anheuser-Busch (Golden Road Brewing, Michelob ULTRA, Bud Light Seltzer, Stella Artois, Cutwater Spirits, NÜTRL Vodka Seltzer), Rockstar Energy Drink, Contraluz Cristalino Mezcal e Água Ponta de Flecha.
O casal também compartilhou com Feinberg como e por que abordaram o assunto do vício no documento, já que Downey Jr. e seu pai lutavam contra o abuso de substâncias em suas vidas. “Está incompleto se você não fizer isso”, disse a estrela do Homem de Ferro. “Também odeio puffs. Há tantos exemplos disso agora, onde todos estão tentando divulgar sua narrativa. Não vou dar o exemplo, mas há tanto disso que você meio que vai, que cheira a besteira.
Feinberg então perguntou a Susan Downey sobre a coincidência de que os dois homens de Downey mudaram suas vidas enquanto se relacionavam com mulheres que tiveram grande impacto em suas vidas. “Se alguém já lidou com alguém viciado, sabe que não tem nada a ver com outra pessoa”, respondeu ela. “Eles têm que estar preparados. Se você puder ser uma pequena parte da criação de um mundo alternativo para eles que diga: ‘Ei, estou aqui. Se você estiver limpo, ótimo.” Mas não há nenhum crédito que eu possa ter além de basicamente dizer, “Aqui está o que eu preciso que aconteça,” ou mais importante, “O que não pode estar acontecendo.” Mas é inteiramente essa pessoa. ”
Em referência a uma discussão semelhante que tiveram um com o outro, Downey Jr. chamou de “a conversa mais clara que já tive na minha vida”.
De volta ao documentário, Downey Jr. também disse que durante grande parte da produção, ele esqueceu que as câmeras estavam rodando. “Eu nem sabia se essa coisa ia sair, então eu não estava pensando sobre isso do jeito que você faria onde você está, bem, é melhor você se certificar de que esse maldito gorro que você está usando parece certo na sua cabeça]. Eu não estava pensando em nada disso”, admitiu.
Ele tinha uma lista de perguntas no cérebro que queria que seu pai respondesse antes de falecer. Mas, como os espectadores podem ver no documento, nem todos são respondidos na cena final que os dois homens compartilham, que por acaso foi a última vez que estiveram juntos.
“É realmente cru”, diz ele sobre a cena. “Mesmo parado lá assistindo 40 minutos atrás, eu estava tipo, ‘Jesus.’ Ainda estou processando, mas é um luxo ter algo assim documentado como uma pedra de toque para continuar voltando e pensando sobre isso.”
Ele é até grato por essas perguntas não respondidas. “Eu não diria que Chris estava feliz por ter acontecido desse jeito, mas é muito mais parecido com a vida real. Não obtemos as respostas que queremos quando queremos. Isso não é uma coisa Disney + acontecendo aqui. Esta é uma vida real. As coisas são inconclusivas. As coisas estão inacabadas. Há muita incerteza e você tem que fazer as pazes com isso.”
